Quando o inverno se aproxima, as baleias também passam a ser vistas com mais frequência no litoral dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. Isso acontece porque as jubartes e baleias-francas são espécies migratórias de hábitos costeiros e que têm o Brasil como uma de suas áreas de reprodução. Normalmente, elas ficam por aqui de meados de junho até novembro, quando retornam para águas mais frias.

Além delas, existem baleias de hábitos oceânicos (que inclui as grandes baleias-azuis, baleias-fin e baleias-sei e a relativamente pequena baleia-minke-Antártica), que também se reproduzem no litoral brasileiro durante o inverno, mas, como habitam águas mais distantes da costa, é mais raro serem avistadas pela população. No entanto, o Projeto de Monitoramento de Cetáceos na Bacia de Santos (PMC-BS), executado pela Socioambiental. realiza campanhas aéreas e em embarcações para coleta de dados desde 2015 na Bacia de Santos e vem registando aumentos de avistamentos desses organismos.

O biólogo Leonardo Wedekin, coordenador técnico do PMC-BS, aponta: “o que sabemos é que as avistagens estão aumentando ano a ano, o que pode indicar uma recuperação populacional.”

O PMC-BS é coordenado e executado pela Socioambiental para a Petrobras para cumprimento de condicionante ambiental exigida no Licenciamento Ambiental conduzido pelo IBAMA das atividades de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos. O objetivo é conhecer a ecologia de baleias e golfinhos, para avaliar se há interferência dessas atividades nesses animais.

Confira a matéria completa aqui.

A Socioambiental foi a responsável pela elaboração do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial (PACUERA) da Usina Hidrelétrica Cana Brava, empreendimento da ENGIE Brasil.

 

Dia 27/10 participaremos da sua Consulta Pública, que pode ser acompanhado no link https://uhecanabrava.com.br/pacuera/

Os fundamentos legais e normativos que se aplicam ao contexto do PACUERA tem a finalidade de orientar a gestão do Reservatório e seu entorno, disciplinando e conciliando seus usos múltiplos com as normas operativas do empreendimento e com a conservação ambiental da Área de Preservação Permanente (APP) e dos recursos hídricos.

As disposições normativas vigentes quando efetivamente aplicadas oportunizam a manutenção do equilíbrio ecológico e viabilizam a integração das políticas de desenvolvimento socioeconômico com as de proteção à biodiversidade.

O planejamento aliado à participação e ao envolvimento dos diversos setores da sociedade relacionados é fundamental. A criação de áreas de preservação permanente ao redor dos reservatórios artificiais, além de estabelecer limites ao uso do território, visa à proteção e à preservação de ecossistemas naturais mediante a formação de corredores ecológicos, especialmente das características da bacia hidrográfica na qual o empreendimento está instalado, gerando benefícios para a coletividade.

Além disso, deve ser incentivada a participação e a cooperação das populações lindeiras na implantação e gestão do PACUERA mediante o estabelecimento de metodologias informativas, educativas e integrativas.